Transtorno do Espectro Autista (TEA) e derivados canabinoides como tratamento alternativo

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Não é doença!

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se a um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade de comunicação e interação social. Podendo, também, apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades.

Outras características que podem acompanhar o TEA, em grande parte das ocorrências, são: deficiência intelectual, epilepsia, ansiedade, transtorno de humor, transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Embora já seja de conhecimento científico todos os sintomas e comportamentos, ainda não existe tratamento definitivo e eficaz.

Atualmente, a grande maioria das clínicas e dos profissionais da saúde prescrevem  químicos antipsicóticos para controlar ou amenizar as características centrais do autismo, como a risperidona, aripiprazol, entre outras. Tais medicamentos quando administrados em excesso ou de maneira incorreta podem refletir em alguns efeitos colaterais, como vômito, ansiedade, fadiga, ganho de peso, agitação, problemas de visão, dores musculares e articulares, tontura, entre outros.

Medicina à base de cannabis é uma alternativa de tratamento?

Sim! Os derivados canabinoides por sua vez, são medicamentos naturais, sem adições de químicos ou qualquer composto sintético. Embora no Brasil ainda exista a prevalência do uso de alopáticos, a cannabis vem ganhando espaço entre prescritores e pacientes por sua segurança e baixo índice de efeitos colaterais (sonolência, principalmente).

O CBD atua através da modulação de sistemas excitatórios e inibitórios no sistema nervoso central (SNC), elevando o nível de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato, em regiões subcorticais (gânglios da base) e reduzindo seus níveis em regiões corticais (cortex pré-frontal dorsomedial). Paralelamente, reduz os níveis de neurotransmissores inibitórios (ácido gama-amino butírico – GABA) em regiões corticais e subcorticais de indivíduos com TEA.Além disso, o CBD parece, ainda, modular a atividade cerebral de baixa-frequência no cortex cerebral, um dos parâmetros utilizados para se avaliar – funcionalmente – a conectividade cerebral no autismo.

Estudos neuroquímicos apontam que desequilíbrios nos níveis de neurotransmissores excitatórios e inibitórios podem estar relacionados a sintomas de autismo ou à gravidade de sua apresentação, ao menos em uma parcela dos pacientes. Finalmente, a conectividade cerebral permite inferir quais regiões cerebrais estão fisicamente ou funcionalmente conectadas, a fim de formar redes neurais importantes para a execução de tarefas cognitivas ou modular comportamentos. Dessa forma, uma alteração na conectividade cerebral tem sido proposta como mecanismo fisiopatológico plausível para o TEA.

Vale lembrar que, para um tratamento positivo é fundamental o acompanhamento por um profissional especialista!

Fonte: Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2023 Jan./Abr.;27(1):98-106.

http://www.revneuropsiq.com.br

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Linda Stivens

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